Fusão entre Sadia e Perdigão pode prejudicar consumidor, dizem órgãos de defesa
O Cade (Conselho Administrativo da Defesa Econômica) aprovou a operação de fusão entre Sadia e Perdigão que cria a Brasilfoods. Embora para as empresas tal negócio possa trazer bons resultados, o consumidor passa a ter determinados produtos aglomerados em uma única marca.
Com a fusão, o uso da marca Perdigão fica suspenso por três anos em produtos suínos, quatro em salames e cinco anos em lasanhas, pizzas, frios e salgados. “A proposta inicial feita pela BRF (Brasilfoods) ao Cade foi insuficiente, por isso o órgão impôs agora medidas severas, como a retirada da marca Perdigão do mercado por até cinco anos e a venda de ativos importantes (marcas, dez fábricas e oito centros de distribuição).
Mas permanece a dúvida: quem vai ocupar imediatamente o lugar da Perdigão? “Tudo indica que a Sadia, porque, mesmo que a BRF se desfaça de um terço de seus ativos, a única marca forte que restou foi a Sadia”, explica o gerente de Comunicação do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), Carlos Thadeu de Oliveira.
Consumidor
Para os órgãos de defesa do consumidor, a fusão pode não se tornar benéfica para os consumidores. Por meio de sua assessoria de imprensa, o PROCON-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor), explica que a concentração de mercado é prejudicial ao consumidor, pois diminui a concorrência.
De acordo com o Oliveira, o Cade tentou amenizar essa concentração. "O Cade tentou minimizar barreiras à entrada de concorrentes, mas a concentração é tão grande que, mesmo que duas ou três marcas comprem parte dos ativos vendidos pela BRF, serão marcas pequenas frente à Sadia. E como a fusão já ocorreu na prática, 90% do mercado permaneceu nas mãos da BRF até agora. Por isso, operações dessa grandeza e grau de concentração têm de chegar previamente ao órgão antitruste – o que ocorrerá, caso seja aprovado ainda este ano o projeto de lei que cria o “Super Cade”.
Segundo a coordenadora Institucional da Proteste Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, a fusão não é boa para o consumidor, pois “a retirada de uma marca e determinados produtos do mercado tira o poder de escolha, além de interferir em sua preferência”, explica.
Embora ache o processo prejudicial para o consumidor, a coordenadora afirma que proibir a eliminação de uma marca para a criação de outra “foi uma ação correta do Cade, apesar de que as marcas que não forem usadas deveriam ser leiloadas o mais rápido possível”.
Fonte: UOL notícias
domingo, 17 de julho de 2011
sábado, 16 de julho de 2011
Publicada em 15/07/2011 às 23h30m
Martha Beck (marthavb@bsb.oglobo.com.br)
e Cristiane Jungblut (crisjung@bsb.oglobo.com.br)
BRASÍLIA - O forte aumento de gastos públicos previsto para 2012 vai obrigar a equipe econômica a fazer um superávit primário (aquele antes do pagamento dos juros da dívida) menor. Os técnicos do governo já comunicaram ao Congresso Nacional que estão planejando abater até R$ 25 bilhões da meta do ano que vem - de 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB) - por conta de despesas como o reajuste do salário mínimo e do funcionalismo. Se em 2011 o quadro fiscal é aparentemente tranquilo, com um superávit primário de 3,29% do PIB acumulado em 12 meses até maio (acima da meta de 2,9% fixada para o ano inteiro), o que se mostra para o próximo é uma verdadeira bomba relógio, com despesas adicionais de pelo menos R$ 50 bilhões.
Como se não bastasse o impacto que o reajuste do salário mínimo - quase 14% - vai ter sobre as contas do governo, será preciso acelerar os investimentos, desembolsar mais uma parcela do reajuste dos militares e ainda enfrentar pressões por aumentos do Poder Judiciário. Isso sem contar com o pagamento de precatórios antigos que não poderão mais ser parcelados por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Cálculos do economista da consultoria Tendências Felipe Salto mostram que somente o aumento do valor do salário mínimo vai ter um impacto de R$ 23 bilhões as despesas do governo que estão atreladas a ele, como Previdência Social, seguro desemprego e a Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS). Outros R$ 20,6 bilhões são o impacto estimado das despesas com aumento de pessoal no ano que vem e R$ 7,5 bilhões as despesas com precatórios. Tudo isso soma R$ 51,1 bilhões.
- Essas são todas despesas extras que vão exigir algum tipo de esforço do governo para fechar suas contas - disse Salto, lembrando que os R$ 51,1 bilhões representam quatro vezes o Bolsa Família.
Ele acredita que embora a meta de primário de 2012 esteja fixada em 3,1% do PIB, o governo só conseguirá chegar a 2,6%:
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Transição verde custará US$ 2 tri por ano, diz ONU
Segundo o levantamento, os investimentos em energia precisarão aumentar 19 vezes para permitir que o mundo alimente 9 bilhões de pessoas, produza energia para todos e freie as mudanças climáticas em andamento. Para a entidade, apenas a tecnologia garantirá que essa equação seja resolvida.
Entre os principais pontos de negociação estão o financiamento dessa transição a uma economia verde e a definição de quem ficará com a conta da adoção de novas tecnologias. Mas, diante da divergência entre governos, não há sinal de acordo.
"Não há como negar: não poderemos viver neste planeta se seguirmos com o mesmo padrão tecnológico", afirmou o chinês Sha Zukang, secretário-geral da conferência Rio+20.
A equação apresentada pela ONU é simples: em 40 anos, o mundo terá 2,7 bilhões de pessoas a mais, que terão de ser alimentadas e demandarão energia. Isso sem contar com os miseráveis de hoje, que, se houver crescimento econômico até lá, vão se tornar consumidores.
"Não podemos parar os motores da economia mundial e os países pobres precisam ter o direito de promover uma melhoria de vida para seus cidadãos. Nas próximas décadas, o mundo terá de adotar novas tecnologias em diversos setores, e isso deve ser uma prioridade de políticas nacionais", declarou o secretário-geral.
Recursos. A estimativa da ONU é de que hoje o mundo destine cerca de US$ 100 bilhões por ano para promover a transição para uma economia sustentável. Os emergentes terão de investir US$ 1,1 trilhão por ano e os ricos, quase US$ 900 bilhões.
O mundo precisará de investimentos de quase US$ 2 trilhões (R$ 3,1 trilhões) por ano durante quatro décadas para fazer a transição para uma economia sustentável e, ao mesmo tempo, eliminar a pobreza e a fome. Essa é a conclusão de um novo estudo encomendado pela ONU que servirá de base para os debates da cúpula Rio+20, no Brasil, em 2012.
Segundo o levantamento, os investimentos em energia precisarão aumentar 19 vezes para permitir que o mundo alimente 9 bilhões de pessoas, produza energia para todos e freie as mudanças climáticas em andamento. Para a entidade, apenas a tecnologia garantirá que essa equação seja resolvida.
Entre os principais pontos de negociação estão o financiamento dessa transição a uma economia verde e a definição de quem ficará com a conta da adoção de novas tecnologias. Mas, diante da divergência entre governos, não há sinal de acordo.
"Não há como negar: não poderemos viver neste planeta se seguirmos com o mesmo padrão tecnológico", afirmou o chinês Sha Zukang, secretário-geral da conferência Rio+20.
A equação apresentada pela ONU é simples: em 40 anos, o mundo terá 2,7 bilhões de pessoas a mais, que terão de ser alimentadas e demandarão energia. Isso sem contar com os miseráveis de hoje, que, se houver crescimento econômico até lá, vão se tornar consumidores.
"Não podemos parar os motores da economia mundial e os países pobres precisam ter o direito de promover uma melhoria de vida para seus cidadãos. Nas próximas décadas, o mundo terá de adotar novas tecnologias em diversos setores, e isso deve ser uma prioridade de políticas nacionais", declarou o secretário-geral.
Recursos. A estimativa da ONU é de que hoje o mundo destine cerca de US$ 100 bilhões por ano para promover a transição para uma economia sustentável. Os emergentes terão de investir US$ 1,1 trilhão por ano e os ricos, quase US$ 900 bilhões.
quarta-feira, 29 de junho de 2011
BID aplicará até US$ 6 bi no Brasil nos próximos 4 anos
Qua, 29 de Junho de 2011 10:04
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, informou na tarde de hoje que a instituição disponibilizará entre US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões para a realização de investimentos no Brasil nos próximos quatro anos. Desse total, a metade será destinada a projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014. O restante será aplicado em diversos projetos do governo federal e dos Estados. Moreno esteve hoje no Palácio do Planalto, onde foi recebido pela presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista após o encontro, ele disse que discutiu com Dilma a realização de projetos que poderão contar com a parceria do BID. Ele citou o "Brasil sem Miséria", lançado recentemente pelo governo. O banco poderá atuar na capacitação de técnicos e equipes do programa.
Moreno e Dilma também discutiram a possibilidade de construção de estradas ligando os países sul-americanos e projetos de saneamento básico, turismo e educação no Nordeste. Em 2011, o BID estima que investirá US$ 2 bilhões no Brasil.
Fonte: Agência Estado - 29-06-2011
Qua, 29 de Junho de 2011 10:04
O presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, informou na tarde de hoje que a instituição disponibilizará entre US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões para a realização de investimentos no Brasil nos próximos quatro anos. Desse total, a metade será destinada a projetos relacionados à Copa do Mundo de 2014. O restante será aplicado em diversos projetos do governo federal e dos Estados. Moreno esteve hoje no Palácio do Planalto, onde foi recebido pela presidente Dilma Rousseff.
Em entrevista após o encontro, ele disse que discutiu com Dilma a realização de projetos que poderão contar com a parceria do BID. Ele citou o "Brasil sem Miséria", lançado recentemente pelo governo. O banco poderá atuar na capacitação de técnicos e equipes do programa.
Moreno e Dilma também discutiram a possibilidade de construção de estradas ligando os países sul-americanos e projetos de saneamento básico, turismo e educação no Nordeste. Em 2011, o BID estima que investirá US$ 2 bilhões no Brasil.
Fonte: Agência Estado - 29-06-2011
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Sorgo sacarino pode reforçar produção de etanol no Brasil
Quando se fala em sorgo, a primeira coisa que vem à cabeça é aquela planta que produz grãos e forragem para alimentar o gado. No entanto, nos últimos anos, com o mundo cada vez mais voraz por fontes de energia renováveis, outro tipo de sorgo voltou a despertar a atenção dos pesquisadores, o sorgo sacarino que assim como a cana serve para fazer etanol.
O sorgo sacarino já foi assunto das primeiras reportagens do Globo Rural no começo da década de 1980. Na época, assim como a cana de açúcar, o sorgo sacarino fazia parte do Proálcool - o Programa Nacional do Álcool - lançado pelo governo em 1975 para tentar substituir parte dos combustíveis derivados do petróleo.
Não demorou muito e a cultura praticamente desapareceu. Os recursos para pesquisa minguaram e os resultados da época ficaram guardados nas prateleiras dos institutos. Agora, quase 30 anos depois, o sorgo sacarino está de volta.
A principal diferença entre o sacarino e os outros tipos de sorgo está numa parte da planta chamada colmo. Os colmos do sorgo sacarino, assim como os da cana, são cheios de caldo e açúcar. “Depois de passar os colmos na moenda podemos extrair caldos semelhantes ao da cana de açúcar para produção de etanol”, explica Rafael Parrella, agrônomo e pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo.
Parrella trabalha hoje especificamente com melhoramento genético de sorgo sacarino. A maior parte de seus ensaios fica num campo experimental da instituição no município de Nova Porteirinha, próximo à Janaúba, no norte de Minas Gerais. Rafael testa o rendimento de 25 novas variedades da cultura. “Dessas, nós vamos selecionar as mais promissoras para lançar nos próximos anos”, diz.
O sorgo é uma gramínea tropical nativa de países africanos, da região do Sudão, Etiópia. Foi domesticado há mais de mil anos e é usado principalmente na produção de grãos e forragem para alimentação animal. Só o sorgo tipo sacarino tem o caldo açucarado que vira etanol. Da espécie sorghum bicolor, o sacarino também produz grãos e massa verde e pode chegar a três metros de altura.
O momento agora, segundo o doutor Rafael, é favorável para a pesquisa. No mundo, a demanda por fontes de energia renováveis, mais limpas, cresce a cada dia. Mas vale ressaltar que a ideia não é substituir as matérias-primas já consagradas.
“A cana é bastante produtiva e vai continuar expandindo, contudo existe uma entressafra na cana-de-açúcar onde não se tem matéria-prima para ser processada. É aí que o sorgo sacarino poderia se encaixar muito bem, ampliando o período de moagem das usinas, e sem ampliar área, porque poderia se utilizar áreas de canaviais em renovação, utilizando o sorgo sacarino”, explica o agrônomo.
Na região Centro-Sul, a colheita da cana vai de abril a novembro, dezembro. O sorgo plantado de setembro a novembro seria colhido justamente de janeiro a março, época de entressafra da cana. O plantio feito por sementes e a possibilidade de mecanização da lavoura usando os mesmos equipamentos da cana também são grandes vantagens da cultura.
O problema hoje é a falta de sementes de sorgo sacarino no mercado. A Embrapa chegou a lançar uma variedade no passado, a brs 506, mas não existe mais dela para vender e a instituição não quer relançá-la, prefere apostar nas variedades novas, mais produtivas, que o agrônomo Rafael Parrella está testando.
Para avaliar o rendimento das 25 novas variedades, funcionários da Embrapa colhem oito exemplares de cada uma delas. Os grãos são separados e tudo é identificado. Na sala de moagem, a equipe pesa a biomassa, massa verde total de cada feixe de sorgo. Depois, eles passam os oito exemplares de cada variedade na moenda e extraem o caldo. Registram o volume e o peso total do produto. Medem também o chamado "brix", o teor de açúcar presente no caldo.
“Estamos procurando um valor acima de 20 graus brix, que é o que em média a cana-de-açúcar apresenta na usina”, diz o agrônomo. Apresentar bons teores de açúcar é fundamental, mas outros fatores também influenciam. Uma boa variedade deve produzir bastante caldo e pra isso, tem que render no campo. Quanto mais toneladas de biomassa por hectare, melhor.
“A perspectiva é para que essas novas variedades de sorgo sacarino para a produção de etanol estejam disponíveis no mercado em 2012”, declara Parrella.
De acordo com a Embrapa, um hectare de sorgo, por enquanto, rende em média 50 toneladas de massa verde total, que dá cerca de 2500, três mil litros de etanol. Só para efeito de comparação, o rendimento médio do mesmo hectare de cana-de-açúcar na indústria hoje é de seis mil litros de etanol.
A Embrapa não encabeça sozinha as pesquisas envolvendo o sorgo sacarino. Empresas privadas também estão prestes a entrar nesse mercado. Uma multinacional, produtora de sementes, em parceria com grandes usinas, colheu este ano mais de 1.200 hectares do produto para testar na indústria o rendimento de sete híbridos desenvolvidos por ela.
“Não foi um teste que foi feito pra ser depois descartado, as usinas efetivamente colheram esse sorgo, levaram pras moendas e esse sorgo produziu etanol e que tá hoje na bomba abastecendo nossos carros por aí”, afirma José Carlos Carramate, dirigente da empresa.
Para a próxima safra, os planos são ainda mais ambiciosos. A empresa já fechou parceria com 12 usinas em sete estados brasileiros. “Estamos produzindo sementes suficientes para plantar algo em torno de 50 a 60 mil hectares de sorgo sacarino no próximo período das águas. Se eu tivesse semente para 120 usinas, eu teria demanda para isso”, declara Carramate.
O sorgo sacarino não deve ficar restrito às grandes usinas e aos grandes estados produtores de etanol. Em Jaguari, região centro-oeste do Rio Grande do Sul. O município sedia um campus do Instituto Federal Farroupilha que é um dos parceiros da Embrapa nos experimentos envolvendo sorgo sacarino.
No Rio Grande do Sul, eles estão testando numa escala um pouco maior as variedades que foram desenvolvidas lá em minas gerais pela Embrapa milho e sorgo. A ideia é ver como é que essas variedades se adaptam às condições de solo e clima do sul do país. Por enquanto, os resultados são promissores.
A bióloga Beatriz Emygdio, pesquisadora da Embrapa Clima Temperado que gerencia o trabalho no estado, explica que o clima ajudou, o manejo foi todo bem conduzido pelos agrônomos do instituto e a produtividade da lavoura surpreendeu.
“Os resultados são excelentes, nós estamos conseguindo, com essa unidade de observação, em torno de 90 toneladas por hectare de massa verde, que seria biomassa total, considerando folhas, colmos e sementes, isso é um resultado muito bom”, afirma a pesquisadora.
Beatriz Emygdio explica por que produzir sorgo sacarino no Rio Grande do Sul, um estado que nem consta na lista dos principais produtores de etanol. “O Rio Grande do Sul tem uma estrutura fundiária que predomina pequenos produtores, e o sorgo sacarino nessa ideia de produção de etanol em microdestilaria seria uma cultura perfeita dentro dessa proposta. O processo de colheita pode ser feito perfeitamente por uma ensiladeira, para fazer a extração de caldo do sorgo”, diz.
Todo o sorgo colhido é processado no instituto. Para testar o rendimento dele em etanol, a Embrapa também firmou uma parceria com um fabricante de microdestilarias da região, onde a moenda separa o caldo do bagaço. O caldo segue para a sala de fermentação e em 24 horas, leveduras transformam todos os açucares presentes em álcool.
O vapor da caldeira dentro das colunas de destilação separa o álcool do vinhoto, o resíduo que sobra desse processo todo e que também é usado como fertilizante. “Nós temos um rendimento excelente, em torno de 42 litros por tonelada de massa verde, isso vai dar em torno de três mil a quatro mil litros por hectare de etanol”, afirma.
Uma grande vantagem da cultura, sem dúvida nenhuma, é que ela - em pequena ou grande escala - pode ser processada pelos mesmos equipamentos que processam a cana, como explica o Denis Delavi, representante da empresa parceira da Embrapa que fabrica as microdestilarias. “Com seus próprios maquinários, sem nenhum investimento a mais ele consegue aumentar a capacidade de produção da sua destilaria”, diz.
Outra coisa boa do sorgo sacarino é que ele não serve só a fazer etanol. Todo o bagaço que sobra na moenda é fonte de nutrientes e alimento desejado pelo gado. “O gado adora esse material, é muito rico, sobra ainda muitos açúcares nesse bagaço, e o sorgo tem uma palatabilidade melhor, quando comparado com o bagaço de cana, o gado prefere o bagaço de sorgo sacarino, então isso garante a sustentabilidade do processo porque tudo pode ser aproveitado na propriedade”, analisa a bióloga Beatriz Emygdio.
Como a dificuldade para encontrar sementes do sacarino é muito grande, na região, hoje, praticamente só uma fazenda mantém produção independente desse sorgo, cerca de 40 hectares. O engenheiro Eduardo Mallmann, um dos donos da propriedade, se tornou um entusiasta da cultura.
O negócio principal é a produção de sementes de arroz, mas há três anos a fazenda decidiu diversificar seus investimentos. “Nós resolvemos entrar nesse negócio de etanol e iniciamos uma pesquisa através da internet de fontes alternativas de matérias-primas energéticas que pudessem suprir o abastecimento de usina de etanol”, conta.
Chegaram, então, ao sorgo sacarino. Conseguiram as primeiras sementes com a Embrapa e passaram a multiplicá-las na própria propriedade. “A tendência é a Embrapa Milho e Sorgo apresentar novas variedades com novos potenciais que vão solidificar essa cultura no cenário brasileiro”, comenta.
Hoje, grande parte da fazenda já é abastecida pelo etanol produzido pela miniusina que Eduardo e os sócios desenvolveram para vender. Nela, eles estão sempre em busca de equipamentos movidos a etanol: gerador de energia, tratores e máquinas agrícolas. Têm até um fogão a etanol, que aquece a água para fazer o tradicional chimarrão gaúcho. O etanol é armazenado num tanque e fica depositado embaixo das bocas e pode queimar por cerca de seis horas ininterruptas.
São muitas as possibilidades e se tratando de fontes de energias renováveis, o Brasil hoje tem posição de liderança no mundo. O Proálcool criado no país foi um dos primeiros programas de uso massivo e popular desse tipo de energia, mas parar de buscar novas alternativas pode significar perder o rumo da história.
O sorgo sacarino poderia ocupar pelo menos dois dos quatro meses em que as usinas costumam ficar paradas. Isso seria bom para elas, para o produto de cana e para o consumidor, que pode pagar menos pelo combustível na entressafra.
Fonte: Redação - MT Notícias com Embrapa
terça-feira, 17 de maio de 2011
Brasil e Suécia querem ampliar parceria em biocombustíveis
O meio ambiente foi tema relevante durante reunião realizada nesta terça, dia 17, entre o primeiro-ministro da Suécia, Fredrik Reinfeldt e a presidente Dilma Rousseff. O primeiro-ministro falou sobre a parceria com o Brasil na área de biocombustíveis e lembrou que a Suécia é o maior importador de etanol brasileiro na União Europeia. A presidente informou que, em breve, os dois países devem iniciar um projeto piloto de produção de etanol na Tanzânia (África).
Reinfeldt também conversou com Dilma sobre os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, marcada para 2012, no Brasil.
Na área de negócios, Dilma apresentou ao líder sueco as oportunidades de investimento que se abrem no Brasil com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A presidenta manifestou interesse em ampliar a exportação de bens de maior valor agregado para a Suécia.
Os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África também foram um dos temas da conversa entre os dois chefes de governo. Dilma afirmou que o Brasil deseja que os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo e da negociação.
– O Brasil espera que a comunidade internacional ajude os países da região por meio do diálogo, da negociação, com estrito respeito à soberania nacional, às liberdades civis e aos direitos humanos, sendo necessário respeitar estritamente o mandato da Organização das Nações Unidas (ONU) – disse Dilma.
Dilma também afirmou que Brasil e Suécia defendem a eliminação do arsenal atômico mundial.
– Brasil e Suécia defendem que o desarmamento passa não apenas pela redução dos arsenais, mas, também, por uma revisão abrangente do papel das armas nucleares e conduzindo a uma eliminação dos armamentos atômicos – disse.
Fonte: Agência Brasil - 17-05-2011
Reinfeldt também conversou com Dilma sobre os preparativos para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, marcada para 2012, no Brasil.
Na área de negócios, Dilma apresentou ao líder sueco as oportunidades de investimento que se abrem no Brasil com as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. A presidenta manifestou interesse em ampliar a exportação de bens de maior valor agregado para a Suécia.
Os conflitos no Oriente Médio e no Norte da África também foram um dos temas da conversa entre os dois chefes de governo. Dilma afirmou que o Brasil deseja que os conflitos sejam resolvidos por meio do diálogo e da negociação.
– O Brasil espera que a comunidade internacional ajude os países da região por meio do diálogo, da negociação, com estrito respeito à soberania nacional, às liberdades civis e aos direitos humanos, sendo necessário respeitar estritamente o mandato da Organização das Nações Unidas (ONU) – disse Dilma.
Dilma também afirmou que Brasil e Suécia defendem a eliminação do arsenal atômico mundial.
– Brasil e Suécia defendem que o desarmamento passa não apenas pela redução dos arsenais, mas, também, por uma revisão abrangente do papel das armas nucleares e conduzindo a uma eliminação dos armamentos atômicos – disse.
Fonte: Agência Brasil - 17-05-2011
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Dobra venda de açúcar, carne, soja e minérios ao exterior
A participação brasileira no mercado internacional com as matérias-primas básicas - como açúcar, carnes, soja e, sobretudo, minérios – quase dobrou entre 2000 e 2009. O país respondia por 2,77% das exportações de produtos primários em 2000, mas a fatia subiu para 4,66% em 2009, segundo estudo divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) nesta terça-feira (10). Quando se considera tudo o que o Brasil vende para outros países – de produtos agrícolas a automóveis – a participação brasileira no cenário mundial subiu de 0,88% para 1,26% entre 2000 e 2009. Entretanto, o Ipea alerta que, “apesar do avanço significativo, é possível observar que estes ganhos estão concentrados no grupo commodities [matérias-primas básicas]”.
O instituto alerta que o país “perdeu espaço nas exportações de alta intensidade tecnológica, setor em que representava 0,52% do comércio mundial em 2000, e passou a representar 0,49% em 2009”. O aumento das vendas de produtos industrializados pelo Brasil, segundo o Ipea, depende muito depende muito do desempenho do setor aeronáutico, sobretudo das vendas da Embraer.
Apesar de o Brasil conseguir posição de destaque nos negócios de produtos básicos no mercado exterior, essa queda das vendas de produtos de alta tecnologia pode ser prejudicial no longo prazo porque essas mercadorias, normalmente, possuem maior valor agregado que as matérias-primas.
A balança comercial brasileira – diferença entre as vendas e as compras de produtos do exterior – só tem se mantido com saldo positivo porque o Brasil vende grandes quantidades de produtos básicos e o dólar, ainda que esteja perdendo valor diante do real, estava “mais de 25% valorizado em relação ao nível observado durante o ano de 2005”.
Para o Ipea, a concentração das vendas brasileiras para o exterior nas matérias-primas básicas pode trazer “preocupações para o desempenho futuro da economia brasileira”.
Apesar do risco que as matérias-primas podem oferecer ao Brasil no futuro, o instituto afirma que o cenário positivo deve durar um longo tempo por causa da procura mundial por alimentos.
- Além disso, o aumento dos custos da produção agrícola devido ao crescimento do preço da energia, a ampliação da produção de biocombustíveis nos EUA e na Europa e o enfraquecimento do dólar são fatores que também contribuem para a valorização das commodities [matérias-primas básicas] no mercado mundial.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
UE propõe banir carros movidos a gasolina e diesel
Seg, 04 de Abril de 2011 10:41
A União Europeia (UE) quer transformar em realidade o sonho dos ecologistas de banir os carros movidos a gasolina e diesel. A ideia é acabar com esses combustíveis nas cidades europeias até 2050. Na semana passada, Bruxelas propôs proibir carros movidos a "combustíveis convencionais" nas ruas de cidades como Paris, Londres, Madri e Berlim, onde apenas carros elétricos ou transportes públicos seriam autorizados. A proposta, que causou polêmica, tem o objetivo de reduzir de forma drástica as emissões de CO2. Até 2050, a UE quer baixar em 60% seus níveis de emissões, em comparação a 1990. Mas, para isso, precisará adotar outras medidas, como reduzir o transporte marítimo e aéreo e triplicar a rede ferroviária, diminuindo, assim, o uso de estradas.
– Podemos acabar com a dependência do petróleo sem sacrificar a eficiência da economia nem comprometer a mobilidade – disse o comissário europeu de Transportes, Siim Kallas.
Ele, porém, admitiu que o objetivo é "muito ambicioso" e exigirá uma "profunda transformação" na forma de locomoção.
Apesar de a Europa ter o melhor sistema de transporte público do mundo, os carros ainda representam 75% da locomoção nas cidades. Se as mudanças avançarem, apenas 50% dos carros que circulam no perímetro urbano poderão utilizar gasolina até 2030.
– Isso exigirá mudança de comportamento – disse Kallas.
Nas estradas, os carros a gasolina ainda seriam permitidos. Até os anos 30, a meta é triplicar o número de trens de alta velocidade no continente. Segundo a UE, o projeto melhoraria o trânsito, o meio ambiente e a saúde da população. No setor aéreo, a meta dos europeus é incentivar a redução dos voos de curta distância, que emitem, proporcionalmente, alta taxa de CO2. A migração para os trens também seria proposta para as viagens em que as distâncias são menores do que 300 quilômetros.
Para bancar essa revolução, a UE precisará investir 1,5 trilhão de euros nos próximos 40 anos. O montante parece alto, mas, segundo a Comissão Europeia, é equivalente a sete anos de importação de petróleo. Por ano, o continente europeu gasta 210 bilhões de euros para importar o combustível.
Fonte: O Estado de São Paulo - 04-04-2011
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcTg-kGpxXSApP_nrupoDlxFGTXAKi1OdRL7-LU1GVq9n4esDH_hSKUqOISMdKj_vNdnFLk_8NGAIBPg2q13EElGkydTQAU7KnnsjIRfjKrMgCxmyoWWIA1Zha6NPVSLyOCHrV5wy0uA4/s320/biodiesel_pump_p0500.jpg)
A União Europeia (UE) quer transformar em realidade o sonho dos ecologistas de banir os carros movidos a gasolina e diesel. A ideia é acabar com esses combustíveis nas cidades europeias até 2050. Na semana passada, Bruxelas propôs proibir carros movidos a "combustíveis convencionais" nas ruas de cidades como Paris, Londres, Madri e Berlim, onde apenas carros elétricos ou transportes públicos seriam autorizados. A proposta, que causou polêmica, tem o objetivo de reduzir de forma drástica as emissões de CO2. Até 2050, a UE quer baixar em 60% seus níveis de emissões, em comparação a 1990. Mas, para isso, precisará adotar outras medidas, como reduzir o transporte marítimo e aéreo e triplicar a rede ferroviária, diminuindo, assim, o uso de estradas.
– Podemos acabar com a dependência do petróleo sem sacrificar a eficiência da economia nem comprometer a mobilidade – disse o comissário europeu de Transportes, Siim Kallas.
Ele, porém, admitiu que o objetivo é "muito ambicioso" e exigirá uma "profunda transformação" na forma de locomoção.
Apesar de a Europa ter o melhor sistema de transporte público do mundo, os carros ainda representam 75% da locomoção nas cidades. Se as mudanças avançarem, apenas 50% dos carros que circulam no perímetro urbano poderão utilizar gasolina até 2030.
– Isso exigirá mudança de comportamento – disse Kallas.
Nas estradas, os carros a gasolina ainda seriam permitidos. Até os anos 30, a meta é triplicar o número de trens de alta velocidade no continente. Segundo a UE, o projeto melhoraria o trânsito, o meio ambiente e a saúde da população. No setor aéreo, a meta dos europeus é incentivar a redução dos voos de curta distância, que emitem, proporcionalmente, alta taxa de CO2. A migração para os trens também seria proposta para as viagens em que as distâncias são menores do que 300 quilômetros.
Para bancar essa revolução, a UE precisará investir 1,5 trilhão de euros nos próximos 40 anos. O montante parece alto, mas, segundo a Comissão Europeia, é equivalente a sete anos de importação de petróleo. Por ano, o continente europeu gasta 210 bilhões de euros para importar o combustível.
Fonte: O Estado de São Paulo - 04-04-2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Economia brasileira deve receber US$ 2 trilhões em investimentos
A economia brasileira deve receber US$ 2 trilhões em investimentos (cerca de R$ 3,4 trilhões) nos próximos quatro anos, segundo o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele disse que, com isso, o nível de investimento no país chegará a 23% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, ele não chega a 20%.
De acordo com Coutinho, desse total, metade já foi mapeada pelo BNDES. Os aportes serão feitos em vários setores da economia nacional. O presidente do banco também disse que aumentar os investimentos é um dos desafios para manutenção do crescimento do Brasil.
Coutinho destacou como desafio o combate à inflação e afirmou que o governo não permitirá uma elevação de preços acima da prevista pelas metas do Banco Central (4,5% ao ano), com margem de 2 pontos para baixo e para cima. Fonte: Agência Estado - 23-02-2011
A economia brasileira deve receber US$ 2 trilhões em investimentos (cerca de R$ 3,4 trilhões) nos próximos quatro anos, segundo o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele disse que, com isso, o nível de investimento no país chegará a 23% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, ele não chega a 20%.
De acordo com Coutinho, desse total, metade já foi mapeada pelo BNDES. Os aportes serão feitos em vários setores da economia nacional. O presidente do banco também disse que aumentar os investimentos é um dos desafios para manutenção do crescimento do Brasil.
Coutinho destacou como desafio o combate à inflação e afirmou que o governo não permitirá uma elevação de preços acima da prevista pelas metas do Banco Central (4,5% ao ano), com margem de 2 pontos para baixo e para cima. Fonte: Agência Estado - 23-02-2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
O Governo do Estado por meio da Secretaria de DesenvolvimentoRural e Agricultura Familiar (Sedraf) tem realizado diversas ações em busca de fomentar o cultivo de dendê em Mato Grosso na expectativa que seja uma nova matriz econômica no Estado. Além das reuniões realizadas com frequência, estão sendo feitas visitas ‘in loco’ nas unidades de pesquisa dos municípios de Alta Floresta (800 km de Cuiabá) e Matupá (700 km da capital). As plantações nestes dois municípios deverão fazer parte do projeto piloto da Embrapa para desenvolver as matrizes e começar a produção em massa em Mato Grosso.
De acordo com o secretário da Sedraf, Jilson Francisco da Silva, antes da implantação da cultura do dendê, uma comissão será formada para visitar o Estado do Pará, no município de Tailândia onde existe a Agro Palma, empresa âncora referência na extração do óleo de dendê, onde a cultura do fruto é desenvolvida com sucesso. A intenção é acompanhar de perto o modelo e a estratégia implantados para investir em Mato Grosso. O agricultor no Pará que cultiva dendê em 10 hectares, tem uma renda líquida de aproximadamente R$ 2 mil reais mensais.
O plantio de dendê é também uma alternativa rentável para os agricultores familiares. “Trata-se de um projeto extremamente importante para Mato Grosso pela oferta de novos investimentos. O dendê começa a produzir com 36 meses após o plantio e pode ser consorciado com outras cultivares”, destaca o secretário adjunto do Programa de Desenvolvimento Regional, da Sedraf, Renaldo Loffi.
Após um levantamento da Embrapa foi constatado que a região é propícia para transformar essa cultura em fonte de muita renda. Mato Grosso possui um zoneamento para o plantio do dendê em 200 mil hectares de área preferencial e 6 milhões de hectares de área potencial e de acordo com os técnicos o produto poderá se transformar em uma nova matriz econômica e impulsionar inclusive a agricultura familiar.
O cultivo do dendê nas áreas já desmatadas da Amazônia é reconhecido como uma excelente alternativa, como suporte ao projeto governamental de ampliação e diversificação das cadeias produtivas do Estado. “Como consequência, diminui a pressão sobre a floresta e propicia o melhor aproveitamento das áreas desmatadas”, afirmou o secretário Jilson.
A proposta está direcionada à geração de renda, ocupação de áreas desmatadas, além da melhoria da qualidade de vida dos produtores rurais. A mesma atitude foi implantada por alguns Estados da região Norte do país a fim de atender o mercado de óleos.
Financiamento
O Banco do Brasil tem uma linha de crédito específica para essa cultura, trata-se do Pronaf –F dendê, que é de R$ 65 mil reais por beneficiário, com juros de 2% ao ano, além de seis anos de carência e mais oito para começar o pagamento da dívida.
Visita ao Pará
Uma comitiva de Mato Grosso composta por técnicos fará uma visita à empresa Agro Palma, no Pará, para avaliar todo o processo, desde a plantação, produção, até a fase final da extração do óleo na empresa para implantar um modelo semelhante em Mato Grosso.
Projeto
A proposta prevê a implantação de uma indústria, ou seja, empresa âncora que comprará todo o produto proveniente da Agricultura Familiar. A instalação do polo industrial será instalada em um raio de pelo menos 50 quilômetros das cidades que receberam a cultura do dendê para que haja bom desempenho em termos de logística.
Produto
O principal produto do dendezeiro é o óleo extraído industrialmente da polpa do fruto - óleo de palma internacionalmente conhecido como palm oil - cuja demanda vem crescendo de forma acelerada e consistente há quase dez anos. As características especiais desse produto conferem-lhe grande versatilidade, o que possibilita sua aceitação por indústrias mundiais diversas.
A cultura do dendezeiro é, provavelmente, a de maior potencial de crescimento no mundo dentre as culturas de significado econômico. Sua rentabilidade tem sido boa e os preços tem-se mantido estáveis em torno de USS 450/tonelada de óleo de palma devido ao aumento de produção que tem acompanhado o crescimento do consumo.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Volume de fusões e aquisições no Brasil bate recorde em 2010
As fusões, aquisições e reestruturações societárias realizadas no Brasil em 2010 somaram R$ 184,8 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta quinta-feira (17). O valor é 55% maior do que o registrado em 2009 e 35% superior aos dados de 2007, ano considerado recorde até então.
No total, foram 143 operações em 2010, o que significa um crescimento de 51% com relação a 2009, quando o número chegou a 95.
Segundo o presidente do Subcomitê de Fusões e Aquisições da Anbima, Bruno Amaral, o resultado deste ano foi influenciado por uma maior participação do investidor estrangeiro. “Vimos uma maior atuação dos chineses, principalmente, no segundo semestre do ano passado, quando o volume de operações foi forte”, fala.
Destaques
O setor de TI e Telecom, influenciado pela compra da participação da Portugal Telecom na Brasilcel (Vivo) pela Telefônica, por R$ 18,2 bilhões, respondeu por 18% do volume negociado em 2010 e foi o grande destaque. Em seguida, vêm os setores de Agronegócio, com 13,2%, e Metalúrgica e Siderurgia, com 12,6%. “Estes foram os destaques, mas posso dizer que todas as operações foram significativas para o recorde alcançado em 2010”, diz.
Perspectivas
De acordo com Amaral, 2011 também deve ser forte para o setor de fusões e aquisições no Brasil “A nossa primeira estimativa é que neste ano o volume seja maior ou igual ao registrado em 2010, se levarmos em conta o momento da economia e ainda a força do investidor estrangeiro, especialmente dos asiáticos”,
acredita.
Se o setor de TI e Telecom foi o destaque de 2010, o de infraestrutura é apontado como aposta para este ano. “Grandes obras movimentam toda uma cadeia de empresas, prestadores de serviços, fornecedores e levam muitas empresas a buscar capital, inclusive por meio de fusões”, finaliza.
Por InfoMoney, 17/2/2011
As fusões, aquisições e reestruturações societárias realizadas no Brasil em 2010 somaram R$ 184,8 bilhões, de acordo com dados divulgados pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) nesta quinta-feira (17). O valor é 55% maior do que o registrado em 2009 e 35% superior aos dados de 2007, ano considerado recorde até então.
No total, foram 143 operações em 2010, o que significa um crescimento de 51% com relação a 2009, quando o número chegou a 95.
Segundo o presidente do Subcomitê de Fusões e Aquisições da Anbima, Bruno Amaral, o resultado deste ano foi influenciado por uma maior participação do investidor estrangeiro. “Vimos uma maior atuação dos chineses, principalmente, no segundo semestre do ano passado, quando o volume de operações foi forte”, fala.
Destaques
O setor de TI e Telecom, influenciado pela compra da participação da Portugal Telecom na Brasilcel (Vivo) pela Telefônica, por R$ 18,2 bilhões, respondeu por 18% do volume negociado em 2010 e foi o grande destaque. Em seguida, vêm os setores de Agronegócio, com 13,2%, e Metalúrgica e Siderurgia, com 12,6%. “Estes foram os destaques, mas posso dizer que todas as operações foram significativas para o recorde alcançado em 2010”, diz.
Perspectivas
De acordo com Amaral, 2011 também deve ser forte para o setor de fusões e aquisições no Brasil “A nossa primeira estimativa é que neste ano o volume seja maior ou igual ao registrado em 2010, se levarmos em conta o momento da economia e ainda a força do investidor estrangeiro, especialmente dos asiáticos”,
acredita.
Se o setor de TI e Telecom foi o destaque de 2010, o de infraestrutura é apontado como aposta para este ano. “Grandes obras movimentam toda uma cadeia de empresas, prestadores de serviços, fornecedores e levam muitas empresas a buscar capital, inclusive por meio de fusões”, finaliza.
Por InfoMoney, 17/2/2011
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Leilão de biodiesel será dia 16 de fevereiro
O 21º leilão de biodiesel será realizado no dia 16 de fevereiro, segundo o edital do leilão, divulgado nesta sexta-feira (4/2) pela ANP. O leilão terá a venda de até 660 milhões de litros, para entrega entre 1º de abril a 30 de junho deste ano, para atender a demanda de adição de 5% do biocombustível ao diesel.
O leilão será dividido em dois lotes, sendo o primeiro exclusivo para os produtores detentores do selo Combustível Social. Os produtos até 10 mil litros terão preço teto de R$ 2,43/l e itens acima, R$ 2,32/l.
No fim de janeiro, o Ministério de Minas e Energia definiu as diretrizes do leilão, que terá 80% do volume negociado destinado exclusivamente às usinas detentoras do selo. O MME estima que o montante negociado no leilão supere R$ 1,5 bilhão.
Fonte: Energia Hoje - 04-02-2010
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
COM ALTA DOS ESTOQUES, PETRÓLEO NEGOCIADO EM NOVA YORK FECHA SESSÃO EM BAIXA.
SÃO PAULO - Os principais contratos futuros de petróleo fecharam esta quarta-feira (9) novamente em tendências opostas, refletindo a alta nos estoques dos Estados Unidos. Enquanto o contrato de Nova York recebeu negativamente os dados e recuou, a cotação fechou em alta na bolsa de Londres.
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 101,82 no pregão desta quarta-feira, forte alta de 1,90% em relação ao último fechamento. O contrato com vencimento em março, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 86,71 por barril, configurando uma baixa de 0,26% frente ao fechamento anterior.
Segundo dados do Departamento de Energia dos EUA, os estoques de petróleo dos Estados Unidos avançaram 0,6%, ou 1,9 milhão de barris, no período de 29 de janeiro a 4 de fevereiro, atingindo o patamar de 345,1 milhões de barris. O aumento ficou em linha com as estimativas dos analistas, que eram de acréscimo aos estoques de 2 milhões de barris, de acordo com projeções compiladas pela Bloomberg.
Ainda segundo o relatório, as refinarias norte-americanas operaram com 84,7% de sua capacidade operacional total, avanço em relação ao patamar registrado na semana anterior, de 84,5%.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Etanol
Brasil poderá quase dobrar exportações de etanol para o Japão.
O Japão deverá consumir 500 milhões de litros de etanol até 2017, e o Brasil, que atualmente exporta 264 milhões de litros anuais de etanol para o país asiático, poderá ser o parceiro ideal para que os japoneses atinjam esta meta. A informação foi divulgada durante visita de uma delegação do Ministério da Agricultura, Silvicultura e Pesca do Japão à sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo.
O grupo, liderado pelo diretor do escritório de políticas de biomassa do Ministério, Shusuke Fukami, foi formado pelo chefe de seção do mesmo escritório, Atsushi Muramoto, e pelo pesquisador do grupo de estratégia energética para o baixo carbono do Instituto de Pesquisa Mitsubishi, Shigefumi Okumura.
“Viemos ao Brasil com o objetivo de buscar informações que possibilitem atingirmos esta meta. O País é um dos que mais tem expandido sua produção em todo o mundo, e por isso gostaríamos de tê-lo como referência,” afirma Shusuke Fukami.
O Japão sempre foi um parceiro comercial do Brasil no que tange o setor sucroenergético. Desde o início da divulgação das estatísticas de exportações pelo governo, em 2001, o País figura como importador do açúcar e etanol brasileiro. Dados da Secex indicam que o Japão foi o 4º principal destino das exportações brasileiras de etanol em 2010. No mesmo ano, além do etanol, o país asiático também comprou 116.893 toneladas de açúcar. Desde 2003, a legislação japonesa permite uma mistura facultativa de até 3% de etanol na gasolina e há discussões no país sobre o aumento da mistura para até 10%.
Para Luiz Amaral, gerente de Meio Ambiente da UNICA, o setor produtivo brasileiro poderá atender facilmente o volume de 500 milhões de litros de etanol até 2017. “Se considerarmos a safra 2010/2011 até 18 de janeiro no Centro-Sul do País, que totalizou 25.274,4 bilhões de litros de etanol produzido, o volume exportado para o Japão representaria apenas 2% da produção,” ressalta.
Esta foi mais uma entre diversas visitas ao Brasil de delegações japonesas em busca de informações sobre o etanol de cana. Em agosto de 2010, técnicos do Japão estiveram na Usina São Martinho, em Pradópolis, interior de São Paulo, para estabelecer os critérios de sustentabilidade que serão observados para a importação e comercialização do etanol naquele país, que não possui uma produção doméstica do biocombustível.
(Unica)
Brasil poderá quase dobrar exportações de etanol para o Japão.
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Shusuke Fukami |
O grupo, liderado pelo diretor do escritório de políticas de biomassa do Ministério, Shusuke Fukami, foi formado pelo chefe de seção do mesmo escritório, Atsushi Muramoto, e pelo pesquisador do grupo de estratégia energética para o baixo carbono do Instituto de Pesquisa Mitsubishi, Shigefumi Okumura.
“Viemos ao Brasil com o objetivo de buscar informações que possibilitem atingirmos esta meta. O País é um dos que mais tem expandido sua produção em todo o mundo, e por isso gostaríamos de tê-lo como referência,” afirma Shusuke Fukami.
O Japão sempre foi um parceiro comercial do Brasil no que tange o setor sucroenergético. Desde o início da divulgação das estatísticas de exportações pelo governo, em 2001, o País figura como importador do açúcar e etanol brasileiro. Dados da Secex indicam que o Japão foi o 4º principal destino das exportações brasileiras de etanol em 2010. No mesmo ano, além do etanol, o país asiático também comprou 116.893 toneladas de açúcar. Desde 2003, a legislação japonesa permite uma mistura facultativa de até 3% de etanol na gasolina e há discussões no país sobre o aumento da mistura para até 10%.
Para Luiz Amaral, gerente de Meio Ambiente da UNICA, o setor produtivo brasileiro poderá atender facilmente o volume de 500 milhões de litros de etanol até 2017. “Se considerarmos a safra 2010/2011 até 18 de janeiro no Centro-Sul do País, que totalizou 25.274,4 bilhões de litros de etanol produzido, o volume exportado para o Japão representaria apenas 2% da produção,” ressalta.
Esta foi mais uma entre diversas visitas ao Brasil de delegações japonesas em busca de informações sobre o etanol de cana. Em agosto de 2010, técnicos do Japão estiveram na Usina São Martinho, em Pradópolis, interior de São Paulo, para estabelecer os critérios de sustentabilidade que serão observados para a importação e comercialização do etanol naquele país, que não possui uma produção doméstica do biocombustível.
(Unica)
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Vale compra Biopalma por US$ 173,5 milhões
A Vale adquiriu o controle da produtora de óleo de palma Biopalma da Amazônia por US$ 173,5 milhões. O óleo de palma é usado como matéria-prima para produção de biodiesel e será destinado às operações da mineradora no Brasil. O biocombustível será usado principalmente para alimentar a frota de locomotivas, máquinas e equipamentos de grande porte, na proporção de 20% de biodiesel para 80% de diesel comum.
"Os investimentos realizados na produção de biodiesel fazem parte da prioridade estratégica da Vale em ser um agente da sustentabilidade global, construindo portanto matriz energética com participação crescente de combustíveis renováveis", disse a mineradora em nota.
A Vale disse ainda que negociou a dissolução de um consórcio feito com a Biopalma, em abril de 2009, para a produção de óleo de palma e a obtenção da participação de 70 por cento da empresa.
A Biopalma possui atualmente seis polos de produção em implantação na região do Vale do Acará e Baixo Tocantins, no Pará, que começam a produzir este ano. Segundo a Vale, a empresa deve alcançar produção anual de 500 mil toneladas em 2019, quando a lavoura atinge a maturidade.
"A nova Biopalma pretende expandir seu negócio nos próximos anos e se tornar a maior produtora de óleo de palma das Américas", diz a mineradora, em nota. Até 2013, a área plantada da produtora deve alcançar 60 mil hectares de dendê. Também 75 mil hectares vão ser destinados à recuperação e regeneração de mata nativa.
Os agricultores contemplados pelo projeto recebem auxílio técnico da Biopalma e crédito do Pronaf Dendê, programa de financiamento do Governo Federal, através do Banco da Amazônia, para aquisição de mudas, manutenção da plantação e necessidades de subsistência nos três primeiros anos do plantio até o início da colheita.
Fonte: Valor Econômico - 02-02-2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
São Paulo é a cidade com mais altos salários para executivos no mundo
O diretor de uma grande empresa instalada na cidade recebe US$ 243 mil, enquanto que o mesmo valor cai para US$ 213 mil em Nova Iorque.
A revista britânica The Economist, mostrou uma matéria que se baseia em duas pesquisas salariais realizadas pela empresa brasileira de recrutamento Dasein Executive Search e pela AESC (Association of Executive Search Consultants) – associação que reúne consultorias especializadas em busca de executivos.
O levantamento da Daisen mostra que, em São Paulo, um diretor de uma grande empresa tem um salário de, em média, US$ 243 mil, enquanto que um CEO (principal executivo da empresa) recebe cerca de US$ 620 mil. O salário fica acima da média mundial das principais capitais do mundo e se justifica por dois principais fatores, de acordo com a Daisen: o excelente momento da economia local e o aumento dos investimentos no País.
"O Brasil é, realmente, a bola da vez", analisa o gerente de Negócios da Dasein, David Braga. "Há uns quatro ou cinco anos, os brasileiros tinham o sonho dourado de ir para os Estados Unidos e Europa para ganhar dinheiro, mas agora vivemos o momento contrário", completa Braga. Ele analisa ainda que muitos profissionais nascidos no País e que trabalhavam no exterior estão retornando, ao mesmo tempo em que diversos estrangeiros têm se interessado em atuar no mercado local.
No ranking de cidades que mais pagam os executivos em cargo de CEO e diretoria, depois de São Paulo, aparecem, respectivamente, Nova Iorque (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Cingapura (Cingapura) e Hong Kong (China), de acordo com a pesquisa da Dasein.
Veja comparativo das 5 cidades que melhor pagam executivos, segundo o estudo da Dasein:
Salário de CEOs (média anual em 2010)
São Paulo - US$ 620 mil
Nova Iorque - US$ 574 mil
Londres - US$ 550 mil
Cingapura - US$ 368 mil
Hong Kong - US$ 242 mil
Salários de Diretores (média anual em 2010)
São Paulo - US$ 243 mil
Nova Iorque - US$ 213 mil
Londres - US$ 179 mil
Cingapura - US$ 174 mil
Hong Kong - US$ 97 mil
O diretor de uma grande empresa instalada na cidade recebe US$ 243 mil, enquanto que o mesmo valor cai para US$ 213 mil em Nova Iorque.
A revista britânica The Economist, mostrou uma matéria que se baseia em duas pesquisas salariais realizadas pela empresa brasileira de recrutamento Dasein Executive Search e pela AESC (Association of Executive Search Consultants) – associação que reúne consultorias especializadas em busca de executivos.
O levantamento da Daisen mostra que, em São Paulo, um diretor de uma grande empresa tem um salário de, em média, US$ 243 mil, enquanto que um CEO (principal executivo da empresa) recebe cerca de US$ 620 mil. O salário fica acima da média mundial das principais capitais do mundo e se justifica por dois principais fatores, de acordo com a Daisen: o excelente momento da economia local e o aumento dos investimentos no País.
"O Brasil é, realmente, a bola da vez", analisa o gerente de Negócios da Dasein, David Braga. "Há uns quatro ou cinco anos, os brasileiros tinham o sonho dourado de ir para os Estados Unidos e Europa para ganhar dinheiro, mas agora vivemos o momento contrário", completa Braga. Ele analisa ainda que muitos profissionais nascidos no País e que trabalhavam no exterior estão retornando, ao mesmo tempo em que diversos estrangeiros têm se interessado em atuar no mercado local.
No ranking de cidades que mais pagam os executivos em cargo de CEO e diretoria, depois de São Paulo, aparecem, respectivamente, Nova Iorque (Estados Unidos), Londres (Inglaterra), Cingapura (Cingapura) e Hong Kong (China), de acordo com a pesquisa da Dasein.
Veja comparativo das 5 cidades que melhor pagam executivos, segundo o estudo da Dasein:
Salário de CEOs (média anual em 2010)
São Paulo - US$ 620 mil
Nova Iorque - US$ 574 mil
Londres - US$ 550 mil
Cingapura - US$ 368 mil
Hong Kong - US$ 242 mil
Salários de Diretores (média anual em 2010)
São Paulo - US$ 243 mil
Nova Iorque - US$ 213 mil
Londres - US$ 179 mil
Cingapura - US$ 174 mil
Hong Kong - US$ 97 mil
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Brasil é o sexto como destino de investimento
O volume de investimentos recebido pelo Brasil em 2010 coloca o País como o sexto maior destino de recursos do mundo no ano - sua melhor posição no ranking - e também apresenta a taxa de expansão mais elevada entre as maiores economias. Os dados são da ONU, que admite ter ficado surpresa com os mais de US$ 48 bilhões registrados pelo Brasil em investimentos produtivos no ano.
Com o volume registrado, quase o dobro de 2009, a economia brasileira superou tradicionais economias como Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha e Holanda como destino de investimentos estrangeiros.
A expansão brasileira foi superior aos 9,7% de crescimento dos países emergentes. Na China, o crescimento foi de apenas 6,3%.
O contraste com os países ricos é ainda mais explícito. Os investimentos no mundo ficaram estagnados em 2010, somando apenas 0,7% a mais que em 2009, o ano da crise. No ano passado, os investimentos mundiais somaram US$ 1,12 trilhão, contra US$ 1,11 trilhão em 2009.
Nas economias ricas, o que se registrou foi uma queda de 7% no fluxo de investimentos em 2010. A Europa registrou uma queda de 22% nos investimentos recebidos, contra uma contração de 83% no Japão. A Irlanda sofreu uma queda de 66% no fluxo de investimentos, contra 20% na Dinamarca, 55% em Luxemburgo e 38% de queda na Grécia.
Em declarações ao Estado, o economista da ONU, James Zhan, admitiu que o desempenho do Brasil é "invejável" e que a busca por acesso ao mercado consumidor e de matérias-primas é o que levou à expansão de investimentos. "Esse crescimento é único no mundo hoje."
A avaliação publicada há apenas uma semana pela ONU indicava que os investimentos não passariam de US$ 30 bilhões no Brasil, baseado em projeções. Mas só em dezembro, US$ 15 bilhões entraram na economia nacional. Com a expansão, o Brasil também registrou o maior crescimento porcentual, dobrando o volume de recursos em um ano.
Em 2009, o Brasil ocupava a 13.ª colocação entre os maiores destinos, atrás da Rússia, Índia, Cingapura e outros emergentes.
A liderança é dos EUA, que receberam US$ 186,1 bilhões no ano passado. Em segundo lugar vem a China, com US$ 101 bilhões em investimentos. Em terceiro aparece Hong Kong, com US$ 62 bilhões. A quarta posição é da França, com US$ 57 bilhões recebidos, e em quinto aparece a Bélgica, com US$ 50,5 bilhões. O Reino Unido, com US$ 46 bilhões, foi superado pelo Brasil.
A ONU já havia confirmado uma transformação profunda na economia mundial. Pela primeira vez na história, os países emergentes receberam mais investimentos que os ricos, que ainda vivem as incertezas da recuperação por causa das altas taxas de desemprego e das turbulências no mercado financeiro. Juntos, os emergentes receberam, em 2010, mais de 53% de tudo que foi investido no mundo e tiveram uma expansão de 10%.
Fonte: O Estado de São Paulo - 26-01-2011
Com o volume registrado, quase o dobro de 2009, a economia brasileira superou tradicionais economias como Reino Unido, Japão, Itália, Alemanha e Holanda como destino de investimentos estrangeiros.
A expansão brasileira foi superior aos 9,7% de crescimento dos países emergentes. Na China, o crescimento foi de apenas 6,3%.
O contraste com os países ricos é ainda mais explícito. Os investimentos no mundo ficaram estagnados em 2010, somando apenas 0,7% a mais que em 2009, o ano da crise. No ano passado, os investimentos mundiais somaram US$ 1,12 trilhão, contra US$ 1,11 trilhão em 2009.
Nas economias ricas, o que se registrou foi uma queda de 7% no fluxo de investimentos em 2010. A Europa registrou uma queda de 22% nos investimentos recebidos, contra uma contração de 83% no Japão. A Irlanda sofreu uma queda de 66% no fluxo de investimentos, contra 20% na Dinamarca, 55% em Luxemburgo e 38% de queda na Grécia.
Em declarações ao Estado, o economista da ONU, James Zhan, admitiu que o desempenho do Brasil é "invejável" e que a busca por acesso ao mercado consumidor e de matérias-primas é o que levou à expansão de investimentos. "Esse crescimento é único no mundo hoje."
A avaliação publicada há apenas uma semana pela ONU indicava que os investimentos não passariam de US$ 30 bilhões no Brasil, baseado em projeções. Mas só em dezembro, US$ 15 bilhões entraram na economia nacional. Com a expansão, o Brasil também registrou o maior crescimento porcentual, dobrando o volume de recursos em um ano.
Em 2009, o Brasil ocupava a 13.ª colocação entre os maiores destinos, atrás da Rússia, Índia, Cingapura e outros emergentes.
A liderança é dos EUA, que receberam US$ 186,1 bilhões no ano passado. Em segundo lugar vem a China, com US$ 101 bilhões em investimentos. Em terceiro aparece Hong Kong, com US$ 62 bilhões. A quarta posição é da França, com US$ 57 bilhões recebidos, e em quinto aparece a Bélgica, com US$ 50,5 bilhões. O Reino Unido, com US$ 46 bilhões, foi superado pelo Brasil.
A ONU já havia confirmado uma transformação profunda na economia mundial. Pela primeira vez na história, os países emergentes receberam mais investimentos que os ricos, que ainda vivem as incertezas da recuperação por causa das altas taxas de desemprego e das turbulências no mercado financeiro. Juntos, os emergentes receberam, em 2010, mais de 53% de tudo que foi investido no mundo e tiveram uma expansão de 10%.
Fonte: O Estado de São Paulo - 26-01-2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
FMI eleva projeção do PIB do Brasil para 4,5% em 2011
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou hoje a análise sobre as perspectivas para a economia em 2011 e 2012, depois da crise financeira internacional. O FMI elevou a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de 4,1% para 4,5%. Porém, para 2012, o pessimismo é mantido, e a projeção do PIB é estimada em 4,1%. As informações são do FMI.
De uma forma geral, o relatório Atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais conclui que a recuperação da economia segue velocidades distintas - uma para países em desenvolvimento e outra para desenvolvidos.
Nas economias avançadas, a atividade é apontada como moderada e o desemprego aparece de forma elevada. Nas economias em desenvolvimento, o crescimento médio deve oscilar em torno de 6,5%, indicando uma desaceleração modesta do crescimento, em comparação a 7% registrados em 2010.
O FMI recomenda que, para estimular o crescimento e a redução da pobreza, os líderes devem priorizar a política de adequação da composição dos gastos do governo e fontes de receita. Segundo o Fundo, a inflação está sob controle na maioria dos países e a política monetária também é elogiada como 'apropriada'. No entanto, há um alerta que vale para os países desenvolvidos e os em desenvolvimento que é sobre a potencial pressão de alta das commodities.
O FMI adverte ainda que é necessário incluir entre as prioridades o acompanhamento intensivo e a regulamentação do setor financeiro, assim como a adoção de políticas baseadas no financiamento público de planejamento e controle de gastos do governo, incluindo investimentos em infraestrutura.
Nas economias em desenvolvimento ou como aparece no relatório 'emergentes' há uma espécie de flutuação no setor. A tendência, de acordo com os analistas, é haver uma recuperação que começou no segundo semestre de 2010.
AGÊNCIA BRASIL
De uma forma geral, o relatório Atualização das Perspectivas Econômicas Mundiais conclui que a recuperação da economia segue velocidades distintas - uma para países em desenvolvimento e outra para desenvolvidos.
Nas economias avançadas, a atividade é apontada como moderada e o desemprego aparece de forma elevada. Nas economias em desenvolvimento, o crescimento médio deve oscilar em torno de 6,5%, indicando uma desaceleração modesta do crescimento, em comparação a 7% registrados em 2010.
O FMI recomenda que, para estimular o crescimento e a redução da pobreza, os líderes devem priorizar a política de adequação da composição dos gastos do governo e fontes de receita. Segundo o Fundo, a inflação está sob controle na maioria dos países e a política monetária também é elogiada como 'apropriada'. No entanto, há um alerta que vale para os países desenvolvidos e os em desenvolvimento que é sobre a potencial pressão de alta das commodities.
O FMI adverte ainda que é necessário incluir entre as prioridades o acompanhamento intensivo e a regulamentação do setor financeiro, assim como a adoção de políticas baseadas no financiamento público de planejamento e controle de gastos do governo, incluindo investimentos em infraestrutura.
Nas economias em desenvolvimento ou como aparece no relatório 'emergentes' há uma espécie de flutuação no setor. A tendência, de acordo com os analistas, é haver uma recuperação que começou no segundo semestre de 2010.
AGÊNCIA BRASIL
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Brasil recebeu US$ 5,185 bi na 1ª quinzena de janeiro
Na primeira quinzena de janeiro ingressaram US$ 5,185 bilhões (cerca de R$ 8,7 bilhões hoje) no Brasil. Esse é o saldo entre tudo o que entrou e o que saiu do país no período, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (19) pelo Banco Central. O ingresso de moeda norte-americana por meio do comércio chegou a US$ 1,217 bilhão (R$ 2 bilhões) em janeiro até o dia 14, resultado de exportações de US$ 7,366 bilhões (R$ 12,3 bilhões) e importações de US$ 6,149 bilhões (R$ 10,3 bilhões).
Já o fluxo financeiro, por meio de investimentos, foi positivo em US$ 3,968 bilhões (R$ 6,6 bilhões) no mesmo período, resultado de ingressos de US$ 17,971 bilhões (R$ 30 bilhões) e saídas de US$ 14,004 bilhões (R$ 23,4 bilhões).
De acordo com o BC, na primeira quinzena de janeiro do ano passado o ingresso de dólares foi positivo em apenas US$ 95 milhões (R$ 158,9 milhões), com fluxo financeiro positivo em US$ 816 milhões (R$ 1,4 bilhão) e as saídas superando às entradas no comércio em US$ 721 milhões (R$ 1,2 bilhão).
Considerando apenas a semana passada (do dia 10 ao 14), o saldo de entradas e saídas foi positivo em US$ 1,085 bilhão (R$ 1,8 bilhão).
Fonte: R7 - 21-01-2011
Já o fluxo financeiro, por meio de investimentos, foi positivo em US$ 3,968 bilhões (R$ 6,6 bilhões) no mesmo período, resultado de ingressos de US$ 17,971 bilhões (R$ 30 bilhões) e saídas de US$ 14,004 bilhões (R$ 23,4 bilhões).
De acordo com o BC, na primeira quinzena de janeiro do ano passado o ingresso de dólares foi positivo em apenas US$ 95 milhões (R$ 158,9 milhões), com fluxo financeiro positivo em US$ 816 milhões (R$ 1,4 bilhão) e as saídas superando às entradas no comércio em US$ 721 milhões (R$ 1,2 bilhão).
Considerando apenas a semana passada (do dia 10 ao 14), o saldo de entradas e saídas foi positivo em US$ 1,085 bilhão (R$ 1,8 bilhão).
Fonte: R7 - 21-01-2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Venda de etanol cresce 3%
As vendas de etanol somaram 2,22 bilhões de litros em dezembro, alta de 2,64% ante igual mês de 2009. Para o mercado interno, o comércio de etanol hidratado somou 1,5 bilhão de litros em dezembro, crescimento de 2,44%, e de etatnol anidro atingiu 608,6 milhões de litros, alta de 16,07%. As exportações consumiram 108,3 milhões de litros do biocombustível.
Com a safra praticamente finalizada, a produção acumulada de etanol atingiu 25,27 bilhões de litros, alta de 10,34% em relação a safra anterior. Desse total, foram 17,87 bilhões de litros de hidratado, crescimento de 6,25%, e 7,41 bilhões de litros de anidro, montante 21,64% superior ante período anterior.
As usinas do Centro-Sul processaram 550 milhões de toneladas de cana-de-açúcar desde o início da safra até dezembro. A produção de etanol foi o destino de 55,21% da matéria prima, redução da participação, que foi de 56,82% na safra anterior.
O mercado de etanol será monitorado continuamente durante a entressafra, com reuniões periódicas entre o governo e os agentes do mercado. A decisão foi tomada na quarta-feira (12/01) em encontro com representantes do BNDES e dos ministérios da Agricultura Pecuária e Abastecimento, de Minas e Energia, e da Fazenda. Para a Unica, o mercado será abastecido com tranquilidade durante esse período, com 3 bilhões de litros a mais de etanol, frente ao disponível na safra anterior.
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